Quem usa máscara pode ajudar a prevenir a propagação do vírus para outras pessoas. Isoladamente, as máscaras não são uma proteção contra a COVID-19, e o uso delas deve ser combinado com o distanciamento físico e a limpeza das mãos. Siga as orientações da autoridade local de saúde.
De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, os coronavírus pertencem a uma família viral conhecidos desde 1960, causadores em potencial de doenças respiratórias em seres humanos e animais. Os primeiros casos do novo coronavírus (2019-nCoV) foram identificados em dezembro de 2019 na China, no entanto, já tem se espalhado rapidamente pelo mundo atingindo mais de 20 países até o momento.
Novo coronavírus
Apesar de menor letalidade comparada aos vírus SARS (10,87% dos casos) e H1N1 (23,20% dos casos) também causadores doenças respiratórias graves, o 2019-nCoV tem capacidade de transmissão muito maior. Ainda sob estudo, o vírus tem causado preocupação dos órgãos internacionais de saúde e assim, na última quinta feira, dia 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde declarou o enfrentamento contra o novo vírus uma emergência de saúde pública internacional.
No Brasil, apesar dos casos suspeitos ainda não houve confirmação de infecção pelo vírus, no entanto, a população e os profissionais de saúde devem estar cientes em relação as melhores medidas de precaução de transmissão de casos suspeitos.
Como o vírus é transmitido?
As principais vias de transmissão são pelo ar ou contato com secreções contaminadas como, por exemplo:
- Catarro;
- Tosse;
- Espirro;
- Gotículas de saliva;
- Contato pessoal (aperto de mão);
- Objetos contaminado seguido de contato com mão, nariz ou olhos.
O contato com carne de animal silvestre ou de fazenda doentes também podem ser fontes de contaminação.
Quais são as medidas gerais de prevenção que devem ser orientadas à população?
- Lavar as mãos a cada duas horas ou sempre que necessário (ex: após espirrar);
- Sempre cobrir a boca e o nariz ao espirrar e de preferência com lenço descartável;
- Utilizar lenços descartáveis para higiene de secreções;
- Evitar manusear tocar a mucosa da boca, nariz e olhos;
- Evitar uso compartilhado de objetos de uso pessoal (ex: copos, garrafas…)
- Evitar lugares fechados e com multidões.
- Manter os ambientes ventilados.
- Evitar o contato próximo com pessoas que apresentam sinais ou sintomas da doença (ex: febre e sintomas respiratórios);
- Evitar contato com animais silvestres e de fazenda que estão doentes.
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Quais são as medidas de precaução que devem ser adotadas pelos profissionais de saúde e instituições em casos suspeitos e confirmados?
O Center for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos que está na vanguarda das pesquisas e monitoramento do novo coronavírus elaborou uma série de recomendações aos profissionais de saúde para precaução de transmissão da doença.
Importante salientar que essas recomendações são provisórias visto que novas informações sobre o vírus podem surgir com o aprofundamento das pesquisas. Dentre as principais recomendações para as instituições e profissionais da saúde podemos destacar:
- Lavagem de mãos: os profissionais devem realizar lavagem de mão antes e depois do contato com o paciente, com material suspeito e antes de colocar e remover os Equipamentos Proteção Individual (EPI). A lavagem de mãos deve durar pelo menos 20 segundos, com água e sabão estabelecido pelo serviço. A instituição deve estar atenta para que não falte materiais de higiene aos profissionais.
- Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e quarto privativo: devem ser utilizados os equipamentos de proteção de contato, gotículas e aerossóis que incluem: óculos, avental, luvas, máscara cirúrgica para transporte e máscara (N95) para assistência diante de suspeita ou caso confirmado. Todos os profissionais devem ser treinados para colocação dos EPIs e descarte apropriado dos equipamentos contaminados.
- Treinamento dos profissionais para detecção imediata de casos suspeitos.
- Profissionais devem estar habilitados para triagem de casos suspeitos e isolamento de pacientes confirmados.
- Instituições devem garantir um processo rápido de investigação.
- Incluir na triagem, a investigação de viagens realizadas e contato com pessoas possivelmente infectadas.
- Pacientes sob suspeita devem aguardar o atendimento em ambiente isolado, ventilado, com acesso a lavagem de mãos e suprimentos para higienização e descarte de secreções.
- Nas unidades que recebem pacientes com manifestações clínicas de doença respiratória, todos devem ser orientados quanto a lavagem de mãos e recomendações gerais de prevenção. As instituições podem considerar a utilização de cartazes com essas orientações e/ou profissional que oriente os pacientes.
- Alertas visuais sobre a doença e medidas de prevenção devem ser colocados em todos os ambientes com trânsito intenso de pessoas (ex: lanchonetes, recepções entre outros).
- Evitar exposições desnecessárias entre pacientes, profissionais de saúde e visitantes dos serviços de saúde.
- Adesão de todos os profissionais de saúde nas medidas de controle de infecção.
- Elaboração de Protocolos de emergência a fim de padronizar as medidas.
- Seguir recomendações padrão das instituições para desinfecção de equipamentos de uso hospitalar ou utilizar equipamentos descartáveis.
- O direcionamento do paciente em casos suspeitos deve ser planejado evitando o trânsito desnecessário dentro do ambiente de saúde.
- Em pacientes suspeitos ou infectados deve-se minimizar as chances de exposição, por exemplo evitar transporte do paciente e trânsito de pessoas próximo.
- Manter comunicação entre os níveis de atenção à saúde, pacientes sob suspeitas identificados na comunidade e direcionados aos centros de referência devem ser recebidos com as devidas precauções de transmissão.
- Visitas devem ser restritas e todos os visitantes devem ser treinados para uso de EPIs.
- Duração do Isolamento: deve ser estabelecida caso a caso juntos as autoridades de saúde locais. Os fatores que podem ser considerados para alta ou não incluem outras manifestações clínicas (ex: tuberculose), informações laboratoriais, condições clínicas e alternativas ao isolamento em ambiente hospitalar como a possibildiade de estadia segura no domicílio.